Dia da Mata Atlântica

No dia 27 de maio é celebrado o Dia da Mata Atlântica, o bioma brasileiro que encanta a todos por sua beleza e rica biodiversidade.

Não é a toa, que neste mesmo dia, em 1560, uma carta enviada à coroa portuguesa descrevia pela primeira vez como as florestas da
América do Sul estão repletas de vida, cores e riquezas (Carta de São Vicente escrita por Padre Anchieta).

Naquele período, a Mata Atlântica era composta por densas florestas, ocupando 15% do território brasileiro. Contudo, a rica fauna desse bioma, apresentava suas populações em total abundância, e descrevia espécies hoje em estado extremo de extinção – como a onça- pintada, macacos e até o peixe-boi.

Essa floresta, que recebe toda a umidade do oceano atlântico, com suas serras altas, vales profundos, acumulando em certas regiões as maiores precipitações do Brasil – o que favorece a presença de muitas espécies adaptadas a essa umidade como bromélias, orquídeas, anfíbios e aves, que se destacam nesse contexto.

Entenda sua importância

A Mata Atlântica, é recordista em endemismo (espécies de um único lugar) para vários grupos de plantas e animais, representando um dos lugares com maior biodiversidade por metro quadrado do mundo. Mas, hoje, restam apenas 12,5% da floresta que existia originalmente, e o território deste bioma abriga cerca de 70% da população brasileira.

Além dos anos de exploração de madeira, vieram as plantações de cana-de-açúcar e, mais ao sul, a cultura do café além, claro, da intensa exploração de sua fauna para exportar animais e seus derivados. A destruição da Mata Atlântica foi tão rápida que especialistas dizem que diversas espécies foram extintas, antes mesmo de serem descobertas pela ciência. Essa afirmação se baseia em fatos observados hoje, como a recorrência de descobertas de novas espécies.

Em alguns casos, as novas espécies já vem com carimbo de risco de extinção no momento de sua descrição. Esse é o caso do sapinho pingo-de-ouro, da Sera do Quiriri, descoberto em 2015, do pássarinho bicudinho-do-brejo, descoberto em 2005, e do mico-
leão-da-cara-preta, descoberto na década de 1990. Todos correm o risco de desaparecer da natureza em consequência da devastação da Mata Atlântica.

O lar de muitas espécies

A Mata Atlântica abriga mais de 2 mil espécies de vertebrados, aproximadamente 981 espécies de aves, 550 de anfíbios, 200 de répteis, 321 de mamíferos e 350 de peixes.

Segundo o MMA, 50,5% das espécies ameaçadas do Brasil são deste bioma, e das 593 espécies ameaçada na Mata Atlântica, 68% são endêmicas. Mas, mesmo ameaçados, a fauna continua lutando e encantando, e são nestas florestas que vive o maior macaco das américas, o muriqui. Também estão presentes diversas espécies de macacos como o mico-leão dourado, preto, cara-preta, saguis e bugios. Aves se destacam por suas cores vivas e vibrantes, como as saíras, periquitos e tucanos. Os anfíbios seguem o padrão das aves, com muitas espécies de cores impressionantes, como o pingo-de-ouro, as rãs-macaco, as inúmeras pererecas de brejo. Dentre os répteis, sem dúvida, as serpentes mais raras do Brasil estão presentes neste bioma, como a jibóia-do-ribeira e diferentes jararacas de ilhas.

Entretanto, precisamos apoiar e fortalecer as políticas públicas que visam proteger e restaurar nossa preciosa Mata Atlântica. Infelizmente propostas de afrouxamento de regras de proteção foram aplicadas pelo ministro #ForaSalles, como o despacho 4410/2020, permitindo que proprietários rurais não recuperem Áreas de Proteção Permanente Desmatadas.

Por isso, precisamos estar atentos e, juntos, proteger um dos biomas mais importantes para o Brasil e para o mundo: a Mata Atlântica!

Instituto Ampara

A AMPARA nasce em agosto de 2010, pela coragem de Juliana Camargo e Marcele Becker em tirar diversos animais da situação de rua. Em 5 anos de trabalho pesado, a AMPARA consegue se tornar a maior OSCIP de proteção animal do Brasil, com o maior número de animais amparados.

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