O uso  inadequado de enforcadores pode causar lesões severas!

Coleiras do tipo enforcadores foram projetadas para punir os cães quando eles puxam no passeio, infligindo dor e desconforto. E essa punição pode causar sérios danos físicos e emocionais aos cães, e nunca devem ser usadas.

O uso de coleiras que causam estrangulamento tem sido associado a diversas injúrias como desmaios e lesões na medula espinhal, levando à paralisia, lesões graves na traqueia (com asfixia parcial ou completa) esmagamento e/ou fratura dos ossos da laringe, luxação de vertebras cervicais, lesões no esôfago, hematomas e danos à pele e tecidos do pescoço, lesões cerebrais (AVCs) e prolapso de globo ocular causados por aumento acentuado da pressão nos vasos da cabeça, além de outros ferimentos e injúrias. Inclusive, existem relatos de cães que morreram enforcados com o uso destas coleiras.

Algumas destas coleiras ainda possuem garras e pontas de metal, causando ainda mais problemas, apertando ainda mais a pele e a musculatura ao redor do pescoço quando os cães puxam, e podem, inclusive, perfurar a pele, musculatura e outras estruturas vitais como grandes vasos, traqueia e esôfago.

O uso contínuo dos enforcadores pode fazer com que os cães desenvolvam um tecido cicatricial na região cervical, diminuindo a sensibilidade e aumentando a tolerância à sensação dolorosa da compressão, mantendo o comportamento de puxar.

Muitos cães podem se tornar ainda mais agressivos e/ou medrosos a partir do estímulo constante da dor e do estrangulamento.

A opção mais segura, eficaz e humanitária de se corrigir os “puxões” durante os passeios é com paciência, amor e o uso técnicas de “reforço positivo”. Há ainda, guias e coleiras de arnês de fixação frontal, como as chamadas “gentle leader”.

Quando os cães avançam ou puxam enquanto usam este tipo de guia, o acessório da trela frontal os redireciona de volta para andarem reto e em uma velocidade normal. Com paciência e reforço positivo, os passeios podem ser uma experiência agradável.

Nunca use apetrechos ou métodos punitivos para ensinar seu cão, converse com seu veterinário ou com um adestrador profissional.

Texto: Rosangela Gebara – Veterinária e Gerente de Projetos da AMPARA Animal.

Instituto Ampara

A AMPARA nasce em agosto de 2010, pela coragem de Juliana Camargo e Marcele Becker em tirar diversos animais da situação de rua. Em 5 anos de trabalho pesado, a AMPARA consegue se tornar a maior OSCIP de proteção animal do Brasil, com o maior número de animais amparados.

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