Você já ouviu falar sobre a campanha “Dezembro Verde”? Ela é focada em conscientizar a população sobre os riscos do abandono de cães e gatos e como adotar com responsabilidade.
Afinal, há 30 milhões desses animais abandonados nas ruas do Brasil. Não podemos ignorar que este é um número muito preocupante.
Em dezembro, muitas famílias viajam de férias e abandonam os pets sozinhos em casa por muitos dias seguidos ou simplesmente os descartam nas ruas e estradas.
Se a família tem planos de adotar ou comprar um pet, é indicado que espere o fim das férias. Pois seja um adulto ou filhote, o animal precisa muito do tutor, principalmente no início para se ambientar em seu novo lar.
Antes de atender um desejo pessoal, é necessário pensar no bem-estar do animal que está chegando na casa.
Eles não são brinquedos, objetos ou presentes, mas sim seres vivos e sencientes, com necessidades básicas e direitos garantidos por lei.
Não deixe o seu pet sozinho em casa nas férias
No passado, era comum a prática de deixar um animal de estimação sozinho em casa por mais de uma semana, apenas com um pote de água e ração.
No entanto, hoje em dia, sabemos o quão perigoso e, até mesmo, uma forma de abandono essa prática pode ser para o animal.
Durante o período em que a família está fora de casa, muitos imprevistos podem acontecer.
No caso dos cães, por exemplo, há o risco de se machucarem ao tentar fugir em busca do tutor, podendo também desenvolver sintomas físicos e comportamentais de ansiedade de separação.
Os gatos, por sua vez, podem ficar presos em locais apertados, derrubar objetos perigosos e também desenvolver comportamentos destrutivos.
Os felinos mantêm uma forte ligação com o ambiente em que vivem. Portanto, é crucial que alguém visite a casa para garantir seu bem-estar, alimentação adequada e a limpeza da caixa de areia.
A opção ideal para cuidar de cães e gatos na ausência da família envolve ter alguém comprometido cuidando deles de maneira apropriada até a volta da família.
Se isso não for viável, existem alternativas como creches, hotéis especializados para animais ou pet sitter, profissionais que cuidam do animal durante a ausência dos tutores.
Adotar ou comprar um pet sem ter tempo para cuidar é um ato irresponsável
Levar um animal para casa implica em assumir uma série de responsabilidades e comprometimento a longo prazo.
Além de dedicar tempo para garantir o bem-estar do animal, também é necessário proporcionar qualidade de vida ao pet, incluindo uma alimentação saudável e cuidados médicos com regularidade.
Ignorar esses fatores e não fazer um planejamento adequado pode afetar diretamente a vida do animal e do tutor, interferindo até mesmo na relação entre os dois.
Um exemplo comum é o caso de cães que passam o dia inteiro sozinhos em casa, sem atividades ou estímulos.
Privado de passeios e enriquecimento ambiental, inevitavelmente o pet pode desenvolver comportamentos destrutivos dentro dos limites dos recursos disponíveis pelo tutor.
Afinal, é impossível esperar que um animal fique deitado o dia todo sem atender às suas necessidades básicas e gastar energia.
Certamente, ao chegar em casa, o tutor pode se deparar com um cenário desagradável de destruição, como sofá danificado, papéis rasgados ou chinelos mastigados.
Neste caso, a responsabilidade sempre recai sobre o animal, que muitas vezes é abandonado por apresentar esse tipo de comportamento.
Mas na verdade, a culpa é do tutor que não planejou adequadamente a rotina do pet, deixando-o sem recursos durante sua ausência.