Platinosomose felina: descubra o que é e quais são os riscos para os gatos

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Você já viu seu gato perseguir, caçar e comer uma lagartixa?

É importante você conhecer sobre a platinosomíase, uma doença que acomete o fígado e o sistema biliar dos gatos e é causada por um parasita chamado Platynosomum fastosum.

Esses parasitas desenvolvem seus ciclos de vida em vários hospedeiros intermediários como caracóis da terra, isopódos terrestres (tatuzinhos, besouros e percevejos), e, por fim, em lagartixas e sapos.

O gato é considerado um hospedeiro definitivo do parasita e adquire essa doença quando come lagartixas ou sapos (hospedeiros intermediários) infectados.

A gravidade dos sintomas nos felinos depende da quantidade de parasitas que estejam obstruindo os ductos biliares e a vesícula biliar. Muitos animais não apresentam sintomas ou apresentam reações inespecíficas no início e depois podem desenvolver:

  • Falta de apetite;

  • Apatia;

  • Emagrecimento;

  • Vômito;

  • Diarreia;

  • Anemia;

  • Aumento do tamanho do fígado;

  • Acúmulo anormal de líquido no abdômen (ascite);

E esses sintomas podem evoluir para uma obstrução biliar, que resulta em ICTERÍCIA (pele e mucosas amarelas), podendo evoluir para um acometimento mais grave do fígado, levando a um quadro de colangio-hepatite, cirrose e até de morte, se o animal não for tratado a tempo.

Se o seu gatinho tem acesso a lagartixas e sapos, se ele caça e ingere esses animais, fique de olho em qualquer alteração que ele apresentar, observe quanto ao aparecimento de seja qual for o sintoma mencionado acima. Diante de – não importa qual – alteração, leve seu animal ao médico veterinário e comente sobre a possiblidade dele ter ingerido lagartixas e sapos.

O diagnóstico definitivo é realizado através de um exame de fezes ou de uma biópsia hepática. Mas outros exames subsidiários, como Rx, ultrassom e sangue ajudam no diagnóstico, pois descartam outras doenças com sintomatologia parecida.

O tratamento é baseado no uso de vermífugos específicos e, em alguns casos, tratamento de suporte com uso de antibióticos (para combater as infecções bacterianas secundárias) e protetores hepáticos. Em alguns casos mais graves, o veterinário poderá indicar a internação do animal.

Portanto, apesar da plastinomose ter tratamento, ela pode se tornar uma doença grave e devemos sempre evitá-la, restringindo a possiblidade de o gato caçar e ingerir estes hospedeiros. Exames de fezes periódicos também são importantes, principalmente naqueles casos em que fica impossível restringir o contato do animal com lagartixas e sapos.

E vale lembrar que, apesar das lagartixas e sapos poderem albergar o parasita, não devemos nunca matá-los, pois eles possuem um papel ecológico importante no controle de insetos.

Texto: Rosangela Gebara – Veterinária e Gerente de Projetos da AMPARA Animal.

 

 

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